Enquanto linha de brinquedos coleccionáveis, G.I.Joe (The) Action Force traçava-se entre o realismo militar e o futurismo. Se por um lado e para gáudio dos fãs por vezes o realismo militar era 90% da figura ou veículo, por outro vezes haviam em quem os 90% eram oferecidos à vertente futurista e em casos até, de aparente e pura ficção científica.
Melhor exemplo que Sci-Fi não há. Desde o nome (Ficção Científica) a todo o seu uniforme, passando pelo seu armamento, tornou-o assim num dos "patinhos feios" da colecção para muitos. Lançado nos EUA em 1986 escapa assim ileso à acusação de Robocop, que apenas chegaria aos cinemas americanos em 1987. No entanto, há quem diga que os designers da Hasbro podem ter tido acesso a protótipos do "super-polícia" e assim esculpindo a cabeça da figura. Mas são mitos urbanos sem qualquer prova concreta. A Portugal, chegou em 1988 com o 2º catálogo.
Sci-Fi era especializado em infantaria e electrónica, embora armado com uma arma laser que o fazia ao olhos da maior parte de nós, um personagem à parte e que muitas vezes ficava de parte também... hoje (mais de 20 anos depois) sabemos que existiam no arsenal americano desde o final dos anos 60 e cujo poder de destruição é ainda actualmente temível. O equivalente à bomba de hidrogénio das armas convencionais.
Em 1991, Sci-Fi teria nova oportunidade na 10ª séria nos EUA. A Portugal chegaria em 1993. Desta feita, com um uniforme menos extravagante e de cores mais "equilibradas", era já apoiado pela série de TV que entretanto havia estreado em Portugal e fazia de Sci-Fi mais um personagem que se vendia bem melhor. De "simples" militar de infantaria equipado com uma arma laser, Sci-Fi era agora especialista em sistemas de armamento laser e capaz de conduzir ou pilotar vários veículos que a série de 1990 (EUA) dispunha. O que de certo modo leva a concluir que esta figura pudesse estar inicialmente prevista para o ano anterior.
Em 1993 (EUA) Sci-Fi receberia novas cores e integraria o veículo Starfighter da sub-série Star Brigade. Embora disponível em finais de 1994 em Portugal (através da Toys R Us Iberia), só em 1995 chegaria "em força". Do mesmo catálogo de Armor-Bot, este veículo integrava a unidade que fazia frente aos Cobra na batalha lunar.
Embora não seja uma variante reconhecida, é interessante verificar que houveram 3 cores diferentes para o vidro do cockpit deste Starfighter. Um preto quase opaco, cinza e púrpura. O Starfighter foi criado com o molde um veículo Cobra de 1988, o Stellar Stiletto, nunca lançado em Portugal (embora constasse na capa do catálogo de 1990).
E por falar em variantes, façamos referência à Nemesis do Starfighter. Parte da mesma série, o Invader. Este veículo Cobra era também uma reutilização de um antigo molde de veículo Cobra de 1987, o POGO (já este sim, lançado em 1989 em Portugal). Ao contrário da versão lançada em 1993 nos EUA, esta versão "europeia" trazia piloto.
O piloto, era curiosamente um ex-G.I.Joe, Payload. Desconhece-se a razão da sua deserção e há quem diga que não passava de uma missão de infiltração. Esta versão de Payload era baseada numa figura de 1992 (EUA) da sub-série Eco-Warriors.
Aldrabices: À venda no Toys R Us em Portugal desde finais de 1994, havia a sub-série de Star Brigade. Curiosamente, alguns Cobra Invader vinham selados com fita adesiva normal (em contraste com a típica fita usada pela Hasbro - visível na caixa de cima). Dentro das caixas seladas com a fita larga "normal" havia um segredo. Em vez da figura Payload, vinha outra no seu lugar. Estranhamente, uma figura dentro do seu blister e com o cartão dobrado, fazendo a caixa do Invader em questão bastante "inchada". De todos os Invaders que comprei nessa condição, as figuras incluídas eram Star Brigade Ozone ou T.A.R.G.A.T. sendo que nenhum dos dois havia sido alguma vez lançado em Portugal. Para nós podia ser uma boa surpresa, mas para os americanos seria um desgosto, uma vez que procuravam esta versão Europeia em busca de Payload, versão Cobra.
quarta-feira, 30 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Grande Insecto!
O Natal é aquela altura... e com um carregamento de prendas, nem sempre apreciávamos o dinheiro (outros tempos!). Nada como desembrulhar as coisas que já estávamos fartos de saber o que era... desde que os embrulhos chegavam e a curiosidade nos fazia bater os cantos à casa e em minuciosas operações conseguíamos descortinar o conteúdo das caixas muito antes das primeiras 12 badaladas do dia 25 de Dezembro. Depois de calcular o total do que vinha em dinheiro, o Natal de 1990 permitiu-me adquirir outra arma Cobra... o BUGG!
Com um custo de 9.900$ (cerca de 50€ na actual moeda) era um dos mais caros veículos G.I.Joe no mercado. Em 1990 esta quantia era "metade de um absurdo", embora anos antes outros houvessem que batiam o recorde do aceitável. Recordo-me perfeitamente na cara do meu pai quando lhe disse quanto tinha gasto com este "menino". A verdade é que já estavam habituados e já nada os espantava: "O dinheiro é teu...".
Mais de 20 anos depois agradeço à minha loucura, porque além de estar ainda impecável, é mais um item de referência. Poderoso e fortemente armado, é um veículo imponente e um exemplo perfeito da tecnologia Cobra.
Parte da série de 1988 (EUA) este veículo podia transportar 9 figuras (podendo ainda ser responsável pelo transporte de mais 2 se os "hover skis" estivessem em uso). O cockpit do condutor albergava dois elementos e era acessível por uma porta que abria para cima. Na própria porta estavam alojados 2 mísseis terra-ar "língua de forquilha".
Na traseira, uma escotilha blindada também abria para acesso de pessoal (um operador de torre de canhão duplo e mais 2 elementos).
O BUGG era um veículo submersível de assalto. 4 mísseis terra-ar, 6 canhões de calibre .50 automatizados, torre rotativa de metralhadora dupla, 2 "hover-skis" que estavam arrumados sob painéis laterais, 2 torpedos, era um "bicho" difícil de superar.
Um dos pormenores que o distinguia era a cápsula que se separava do "corpo" principal do veículo. Com cockpit pressurizado, podia transportar dois indivíduos e a cobertura abria como a viseira de um capacete. Esta "bolha" permitia aos Cobra fazer o reconhecimento de locais inacessíveis ao BUGG fosse pelo seu tamanho ou limitada mobilidade onde a gravidade fosse problema.
Com o BUGG, vinha o seu condutor, um Secto-Viper. Desenvolvida para patrulhar a linha costeira da Ilha Cobra, a unidade dos Secto-Vipers é zelosa no seu dever. Além de saberem de cor toda e qualquer vulnerabilidade de possíveis oponentes mecanizados, a cada Secto-Viper é designada a patrulha de uma área específica da Ilha. Como consequência, passarão literalmente por cima dos próprios colegas que lá encontrarem para subir na consideração dos seus superiores.
Com um custo de 9.900$ (cerca de 50€ na actual moeda) era um dos mais caros veículos G.I.Joe no mercado. Em 1990 esta quantia era "metade de um absurdo", embora anos antes outros houvessem que batiam o recorde do aceitável. Recordo-me perfeitamente na cara do meu pai quando lhe disse quanto tinha gasto com este "menino". A verdade é que já estavam habituados e já nada os espantava: "O dinheiro é teu...".
Mais de 20 anos depois agradeço à minha loucura, porque além de estar ainda impecável, é mais um item de referência. Poderoso e fortemente armado, é um veículo imponente e um exemplo perfeito da tecnologia Cobra.
Parte da série de 1988 (EUA) este veículo podia transportar 9 figuras (podendo ainda ser responsável pelo transporte de mais 2 se os "hover skis" estivessem em uso). O cockpit do condutor albergava dois elementos e era acessível por uma porta que abria para cima. Na própria porta estavam alojados 2 mísseis terra-ar "língua de forquilha".
Na traseira, uma escotilha blindada também abria para acesso de pessoal (um operador de torre de canhão duplo e mais 2 elementos).
O BUGG era um veículo submersível de assalto. 4 mísseis terra-ar, 6 canhões de calibre .50 automatizados, torre rotativa de metralhadora dupla, 2 "hover-skis" que estavam arrumados sob painéis laterais, 2 torpedos, era um "bicho" difícil de superar.
Um dos pormenores que o distinguia era a cápsula que se separava do "corpo" principal do veículo. Com cockpit pressurizado, podia transportar dois indivíduos e a cobertura abria como a viseira de um capacete. Esta "bolha" permitia aos Cobra fazer o reconhecimento de locais inacessíveis ao BUGG fosse pelo seu tamanho ou limitada mobilidade onde a gravidade fosse problema.
Com o BUGG, vinha o seu condutor, um Secto-Viper. Desenvolvida para patrulhar a linha costeira da Ilha Cobra, a unidade dos Secto-Vipers é zelosa no seu dever. Além de saberem de cor toda e qualquer vulnerabilidade de possíveis oponentes mecanizados, a cada Secto-Viper é designada a patrulha de uma área específica da Ilha. Como consequência, passarão literalmente por cima dos próprios colegas que lá encontrarem para subir na consideração dos seus superiores.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Patrulha do Céu - Os personagens
Em 1992 chegou a Portugal com os habituais 2 anos de "atraso" a Sky Patrol. Foi originalmente lançada portanto, em 1990 nos EUA. Antes de me debruçar sobre os veículos com a famosa pintura cromada, recordemos os 6 pára-quedistas.
A "Patrulha do Céu" usava moldes de corpos de figuras já existentes e provenientes de séries anteriores. As cabeças eram totalmente originais, no entanto. Com novas pinturas e um símbolo de uma águia com um relâmpago, tinham um aspecto poderoso!
A maior novidade era todavia, o pára-quedas que cada figura trazia. Cromado e funcional era divertimento para dias a fio.
Tal como uma mochila comum, era encaixado na figura. Para ser usado, era puxado o travão que prendia as duas metades, desdobrado o pára-quedas e atirado ao ar. A gravidade fazia o resto!
O pára-quedas (ou paraquedas) era feito de plástico com uma pintura cromada com o símbolo da Sky Patrol ao centro. É preciso alguma sorte e cuidado para que este tom não se desvaneça com o passar do tempo. Idealmente, deve ser guardado aberto, de modo a que os vincos não se tornem cortes.
Skydive, o líder da unidade. Treinado como Ranger em Fort Benning, era altamente rígido nos métodos de treino que passavam muito pela ausência de provisões... que fortalecia o espírito. Esta foi a minha 1ª escolha quando a série chegou a Portugal.
Dropzone, o especialista de armamento da patrulha. Um dos muitos que adora o que faz e cuja maior alegria é poder saltar do C-130 para o campo de batalha.
Altitude. Batedor de reconhecimento, tem sangue Apache. Com uma memória fotográfica, desenha tudo o que viu acerca do território inimigo com uma precisão que supera os mapas. Uma das figuras que o meu primo tinha e eu não. Boa razão para visitar a família!
Static-Line. Perito em demolições. Em vez de fazer explodir, a sua missão é prevenir que as coisas expludam. Uma vez no solo, procura armadilhas e desactiva-as. Nas suas folgas, esse poder de observação permite-lhe achar mais dinheiro na rua que qualquer outro. Static-Line era outra das figuras que o meu primo tinha. Entre os dois, em 1992 tínhamos a Sky Patrol (quase) toda.
Airborne. Médico da unidade, a sua função primária é a manutenção do equipamento de salto de todos os operativos da Sky Patrol. E um dos mais apreciados. Além de se certificar que os pára-quedas abrem, quando chegam ao chão, certifica-se que todos saem vivos do campo de batalha. Foi a minha 2ª figura e a minha preferida na altura.
Finalmente, Airwave. O perito de comunicações. A sua maior virtude prende-se com a capacidade de manter e reparar equipamento de comunicação em plena batalha. Não há problema para o qual não encontre solução.
A "Patrulha do Céu" usava moldes de corpos de figuras já existentes e provenientes de séries anteriores. As cabeças eram totalmente originais, no entanto. Com novas pinturas e um símbolo de uma águia com um relâmpago, tinham um aspecto poderoso!
A maior novidade era todavia, o pára-quedas que cada figura trazia. Cromado e funcional era divertimento para dias a fio.
Tal como uma mochila comum, era encaixado na figura. Para ser usado, era puxado o travão que prendia as duas metades, desdobrado o pára-quedas e atirado ao ar. A gravidade fazia o resto!
O pára-quedas (ou paraquedas) era feito de plástico com uma pintura cromada com o símbolo da Sky Patrol ao centro. É preciso alguma sorte e cuidado para que este tom não se desvaneça com o passar do tempo. Idealmente, deve ser guardado aberto, de modo a que os vincos não se tornem cortes.
Skydive, o líder da unidade. Treinado como Ranger em Fort Benning, era altamente rígido nos métodos de treino que passavam muito pela ausência de provisões... que fortalecia o espírito. Esta foi a minha 1ª escolha quando a série chegou a Portugal.
Dropzone, o especialista de armamento da patrulha. Um dos muitos que adora o que faz e cuja maior alegria é poder saltar do C-130 para o campo de batalha.
Altitude. Batedor de reconhecimento, tem sangue Apache. Com uma memória fotográfica, desenha tudo o que viu acerca do território inimigo com uma precisão que supera os mapas. Uma das figuras que o meu primo tinha e eu não. Boa razão para visitar a família!
Static-Line. Perito em demolições. Em vez de fazer explodir, a sua missão é prevenir que as coisas expludam. Uma vez no solo, procura armadilhas e desactiva-as. Nas suas folgas, esse poder de observação permite-lhe achar mais dinheiro na rua que qualquer outro. Static-Line era outra das figuras que o meu primo tinha. Entre os dois, em 1992 tínhamos a Sky Patrol (quase) toda.
Airborne. Médico da unidade, a sua função primária é a manutenção do equipamento de salto de todos os operativos da Sky Patrol. E um dos mais apreciados. Além de se certificar que os pára-quedas abrem, quando chegam ao chão, certifica-se que todos saem vivos do campo de batalha. Foi a minha 2ª figura e a minha preferida na altura.
Finalmente, Airwave. O perito de comunicações. A sua maior virtude prende-se com a capacidade de manter e reparar equipamento de comunicação em plena batalha. Não há problema para o qual não encontre solução.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Vaivém
No passado dia 9 de Março (2011), aterrou pela última vez o vaivém Discovery. Depois de Columbia e Challenger (ambos perdidos em desastres), a mais antiga nave da NASA em actividade segue assim para uma merecida "reforma" como peça de museu. Em jeito de homenagem a este veículo que tanto deu à Humanidade, veremos hoje aqui um veículo de G.I.Joe que terá sido criado graças à popularidade da nave espacial orbital.
Crusader Space Shuttle foi lançado em 1989 (US) e era parte do catálogo de 1991 em Portugal. Este veículo foi construído com base no modelo de outro vaivém (Defiant) dos G.I.Joe de 1987 (US) que por sua vez, fazia parte de um gigantesco playset que incluía uma base de lançamento móvel e um booster onde o vaivém encaixava.
Existiam algumas diferenças estruturais entre os dois shuttles, além das cores usadas. O antecessor era todo branco enquanto este, Crusader, tinha várias partes pretas. As janelas eram também diferentes sendo que Defiant era munido de janelas pretas.
Embora inspirado na popularidade do Space Shuttle da NASA, o design deste veículo tinha a sua base em projectos anteriores de corpos sustentantes como o Northrop HL-10 anteriores a 1970. Muita gente pensa que este veículo de G.I.Joe era desenhado usando as linhas do X-33, mas na realidade, o desenho de G.I.Joe é anterior ao início desse projecto, provando assim uma vez mais o brilhantismo dos designers da linha.
A estação de comando da tripulação no cockpit tinha lugar para 3 figuras e era de facto muito interessante (e espaçoso) uma vez que capturava o espírito do tipo de veículo em questão. O misto de simplicidade e detalhe que bastasse era imagem de marca.
Atrás do cockpit, as portas abriam para revelar uma ampla area de carga com uma escotilha para actividade extraveicular (actividade em espaço aberto realizada por astronautas). Reside aqui uma das diferenças estruturais em relação ao molde da antecessora "Defiant" que contava com um braço mecanizado montado na base da área de carga.
Em compensação, Crusader trazia Avenger, uma pequena nave de reconhecimento e ataque que podia ser armazenada na área de carga. Esta nave era também uma reutilização de molde, sendo que fora desenhada originalmente (em 1986) para acompanhar um avião dos Cobra, o Night Raven S3P. Esta versão diferia nas cores para estar de acordo com o vaivém.
Um pormenor interessante era a inclusão de um cordão umbilical que permitia sustentar no ar o astronauta e piloto do vaivém. Nunca vi este set à venda em Portugal, e a versão que aqui vemos é a norte-americana, que foi obtida em França (lugar onde a nomenclatura "Action Force" nunca existiu). No entanto, é de acreditar que tenha estado disponível uma vez que constava no catálogo de 1991.
A defesa deste veículo dependia de 2 canhões de 20mm que estavam integrados na fuselagem, podendo contar também com a nave de reconhecimento "Avenger" que seria lançada da sua área de carga em caso de necessidade.
A figura incluída era Payload. Astronauta de especialização primária, contava logicamente com larga experiência em aeronaves convencionais. Nascido em Cape Canaveral, na Florida, cresceu a assistir aos lançamentos espaciais. Tornou o seu sonho realidade ao tornar-se piloto de combate e servindo o seu País em combate mereceu a oportunidade de se candidatar ao programa de astronautas.
Countdown era também astronauta na equipa dos G.I.Joe. Não incluído com Crusader Space Shuttle era também do mesmo ano de lançamento. Chegou a Portugal em 1991 e trazia um sistema de gancho e contra-peso que permitia à figurar deslizar em ângulos oblíquos.
Astronauta e piloto de combate, era engenheiro de electrónica. A partir do momento em que se percebeu que o próximo campo de batalha com os Cobra seria o espaço, G.I.Joe iniciaram a sua preparação recrutando as melhores unidades para o trabalho. Countdown é seguramente um deles. Capaz de manter o raciocínio debaixo das mais exigentes situações de emergência faz dele o tipo que precisam!
Crusader Space Shuttle foi lançado em 1989 (US) e era parte do catálogo de 1991 em Portugal. Este veículo foi construído com base no modelo de outro vaivém (Defiant) dos G.I.Joe de 1987 (US) que por sua vez, fazia parte de um gigantesco playset que incluía uma base de lançamento móvel e um booster onde o vaivém encaixava.
Existiam algumas diferenças estruturais entre os dois shuttles, além das cores usadas. O antecessor era todo branco enquanto este, Crusader, tinha várias partes pretas. As janelas eram também diferentes sendo que Defiant era munido de janelas pretas.
Embora inspirado na popularidade do Space Shuttle da NASA, o design deste veículo tinha a sua base em projectos anteriores de corpos sustentantes como o Northrop HL-10 anteriores a 1970. Muita gente pensa que este veículo de G.I.Joe era desenhado usando as linhas do X-33, mas na realidade, o desenho de G.I.Joe é anterior ao início desse projecto, provando assim uma vez mais o brilhantismo dos designers da linha.
Payload e Countdown (não incluído com a nave) |
A estação de comando da tripulação no cockpit tinha lugar para 3 figuras e era de facto muito interessante (e espaçoso) uma vez que capturava o espírito do tipo de veículo em questão. O misto de simplicidade e detalhe que bastasse era imagem de marca.
Atrás do cockpit, as portas abriam para revelar uma ampla area de carga com uma escotilha para actividade extraveicular (actividade em espaço aberto realizada por astronautas). Reside aqui uma das diferenças estruturais em relação ao molde da antecessora "Defiant" que contava com um braço mecanizado montado na base da área de carga.
Em compensação, Crusader trazia Avenger, uma pequena nave de reconhecimento e ataque que podia ser armazenada na área de carga. Esta nave era também uma reutilização de molde, sendo que fora desenhada originalmente (em 1986) para acompanhar um avião dos Cobra, o Night Raven S3P. Esta versão diferia nas cores para estar de acordo com o vaivém.
Um pormenor interessante era a inclusão de um cordão umbilical que permitia sustentar no ar o astronauta e piloto do vaivém. Nunca vi este set à venda em Portugal, e a versão que aqui vemos é a norte-americana, que foi obtida em França (lugar onde a nomenclatura "Action Force" nunca existiu). No entanto, é de acreditar que tenha estado disponível uma vez que constava no catálogo de 1991.
A defesa deste veículo dependia de 2 canhões de 20mm que estavam integrados na fuselagem, podendo contar também com a nave de reconhecimento "Avenger" que seria lançada da sua área de carga em caso de necessidade.
A figura incluída era Payload. Astronauta de especialização primária, contava logicamente com larga experiência em aeronaves convencionais. Nascido em Cape Canaveral, na Florida, cresceu a assistir aos lançamentos espaciais. Tornou o seu sonho realidade ao tornar-se piloto de combate e servindo o seu País em combate mereceu a oportunidade de se candidatar ao programa de astronautas.
Countdown era também astronauta na equipa dos G.I.Joe. Não incluído com Crusader Space Shuttle era também do mesmo ano de lançamento. Chegou a Portugal em 1991 e trazia um sistema de gancho e contra-peso que permitia à figurar deslizar em ângulos oblíquos.
Astronauta e piloto de combate, era engenheiro de electrónica. A partir do momento em que se percebeu que o próximo campo de batalha com os Cobra seria o espaço, G.I.Joe iniciaram a sua preparação recrutando as melhores unidades para o trabalho. Countdown é seguramente um deles. Capaz de manter o raciocínio debaixo das mais exigentes situações de emergência faz dele o tipo que precisam!
domingo, 6 de março de 2011
União de esforços
No ano de 1990 os Joes "Europeus" fixaram a sua aliança com os "Norte-Americanos". Uma versão do catálogo desse ano distribuído nalguns países europeus davam conta desta mudança. Até lá, G.I.Joe na Europa tinha o nome de código "Action Force". A partir de agora, figuras e veículos traziam o logo+marca "G.I.Joe: The Action Force". Um dos veículos dessa série era Desert Fox 6WD.
Na frente é possível observar a bandeira dos G.I.Joe mas ao mesmo tempo, atrás está ainda a bandeira dos Action Force (três riscas horizontais com a estrela no meio) variando assim da versão original (EUA) que no lugar da marca de Action Force teria "United States".
No fundo, esta manobra não era mais que uma passagem de testemunho que duraria duas séries e que servia para explicar de uma forma interessante aos fãs e coleccionadores a razão pela qual a partir de certa altura se deixaria de ver "Action Force" e passaria a ser daí em diante apenas "G.I.Joe". A Hasbro pouparia assim milhões em impressões paralelas de caixas de veículos e blisters de figuras. Uma forma genial e cuidada de fazer a transição e não perder clientes.
Desert Fox (Raposa do Deserto) era um veículo de tracção às 6 rodas e que transportava 4 Joes. Tinha uma torre de 20mm anti-aeronave e 2 mísseis anti-tanque. Sendo um veículo de patrulha, contava com uma estação de radar de detecção de intrusos. Como o nome indica, operava no deserto e havia sido desenvolvido para rodar a alta velocidade nas dunas.
Original de 1988 (EUA) chegou, como referido, a Portugal em 1990. O preço rondava os 3.500$ (cerca de 15€) enquanto no EUA o preço não chegava a US$7 (algo como €5). Se hoje os brinquedos são caros, na altura eram um luxo. Especialmente brinquedos de marcas conceituadas e de alta qualidade. Tive para comprar o meu Desert Fox 6WD ao pai de um amigo meu que tinha uma papelaria. Estava à venda por 3.000$ (escudos) mas quando finalmente reuni a soma, havia sido vendido. Curiosamente por esta altura (Carnaval).
Com o veículo, vinha o seu condutor "Skidmark". Condutor especialista de veículos de alta velocidade havia sido um jovem exemplar. Excelente aluno, aprumado e cuidado em tudo o que fazia. Tão perfeito que colhia o "ódio" dos pares pois fazia todos parecerem mal em comparação. Quando tirou a carta, passou a ser recordista de multas de velocidade excessiva...
Na frente é possível observar a bandeira dos G.I.Joe mas ao mesmo tempo, atrás está ainda a bandeira dos Action Force (três riscas horizontais com a estrela no meio) variando assim da versão original (EUA) que no lugar da marca de Action Force teria "United States".
No fundo, esta manobra não era mais que uma passagem de testemunho que duraria duas séries e que servia para explicar de uma forma interessante aos fãs e coleccionadores a razão pela qual a partir de certa altura se deixaria de ver "Action Force" e passaria a ser daí em diante apenas "G.I.Joe". A Hasbro pouparia assim milhões em impressões paralelas de caixas de veículos e blisters de figuras. Uma forma genial e cuidada de fazer a transição e não perder clientes.
Desert Fox (Raposa do Deserto) era um veículo de tracção às 6 rodas e que transportava 4 Joes. Tinha uma torre de 20mm anti-aeronave e 2 mísseis anti-tanque. Sendo um veículo de patrulha, contava com uma estação de radar de detecção de intrusos. Como o nome indica, operava no deserto e havia sido desenvolvido para rodar a alta velocidade nas dunas.
Original de 1988 (EUA) chegou, como referido, a Portugal em 1990. O preço rondava os 3.500$ (cerca de 15€) enquanto no EUA o preço não chegava a US$7 (algo como €5). Se hoje os brinquedos são caros, na altura eram um luxo. Especialmente brinquedos de marcas conceituadas e de alta qualidade. Tive para comprar o meu Desert Fox 6WD ao pai de um amigo meu que tinha uma papelaria. Estava à venda por 3.000$ (escudos) mas quando finalmente reuni a soma, havia sido vendido. Curiosamente por esta altura (Carnaval).
Com o veículo, vinha o seu condutor "Skidmark". Condutor especialista de veículos de alta velocidade havia sido um jovem exemplar. Excelente aluno, aprumado e cuidado em tudo o que fazia. Tão perfeito que colhia o "ódio" dos pares pois fazia todos parecerem mal em comparação. Quando tirou a carta, passou a ser recordista de multas de velocidade excessiva...
quinta-feira, 3 de março de 2011
Ambientes perigosos
Muito antes da existência de sub-séries onde se inseriam os "Eco-Warriors", a equipa G.I.Joe contava com especialistas em ambientes e/ ou materiais perigosos. A Portugal, chegaram em 1987 dois desses elementos. Airtight (especialista em ambientes hostis) e Barbecue (combatente de fogos).
Barbecue (à esquerda) e Airtight (à direita) eram figuras pertencentes à série de 1985 (EUA) e chegaram, como referido, em 1987 com a 1ª série a ser vendida em Portugal. Embora militares, os seus uniformes tinham cores obviamente visíveis, como é hábito em elementos que se movem em tais ambientes e que no fundo, têm uma missão de salvamento.
Figuras bastante interessantes, vinham equipados com detalhadas mochilas de apoio à sua função. Barbecue era de resto uma figura mais querida dos coleccionadores do que Airtight. Talvez o seu capacete que se assemelhava a um elmo e o machado que ostentava o tornasse mais "distinto". Várias foram (e ainda são) as críticas a Airtight devido à simplicidade da figura como um todo. Do capacete e expressão de olhos à arma, passando pelo conjunto de cor, o especialista em produtos químicos, biológicos e radiológicos passou sempre um pouco ao lado de uma merecida posição de respeito. Talvez por ser de uma família de bombeiros de Boston ou um tipo divertido e sempre animado, Barbecue era uma figura mais chegada aos fãs de G.I.Joe.
Como não podia deixar de ser, os Cobra também tinham os seus especialistas. No entanto, a sua função passava por criar um ambiente hostil à sobrevivência, em oposição a torná-lo mais "amigável". Era a sua contribuição à batalha. Embora protegidos, o seu fato não era impermeável a certos meios e como tal, a alcunha da unidade era "Brigada dos fatos derretidos". Os Cobra não gostavam de gastar dinheiro em equipamento que consideravam excessivo ou desnecessário à missão dos operacionais. A missão dos Toxo-Vipers era para ser levada a cabo rapidamente e o alto comando considerava que se o fizessem, não correriam perigo de maior. Outra vantagem da existência deste grupo era também a de castigar elementos de outras unidades "Viper" que não cumprindo com as suas obrigações, teriam de servir um tempo indefinido como Toxo-Vipers. Algo que não agradava à maior parte, favorecendo a disciplina e ordem nas linhas.
Originalmente lançada em 1988 (EUA), a figura chega a Portugal em 1990 e era como vários outros Vipers, uma figura generalizada e parte de uma unidade. Com capacete amovível, mochila e (estranha) arma, tinha um aspecto e escolha de cor que não enganava quem questionasse o seu propósito.
Barbecue (à esquerda) e Airtight (à direita) eram figuras pertencentes à série de 1985 (EUA) e chegaram, como referido, em 1987 com a 1ª série a ser vendida em Portugal. Embora militares, os seus uniformes tinham cores obviamente visíveis, como é hábito em elementos que se movem em tais ambientes e que no fundo, têm uma missão de salvamento.
Figuras bastante interessantes, vinham equipados com detalhadas mochilas de apoio à sua função. Barbecue era de resto uma figura mais querida dos coleccionadores do que Airtight. Talvez o seu capacete que se assemelhava a um elmo e o machado que ostentava o tornasse mais "distinto". Várias foram (e ainda são) as críticas a Airtight devido à simplicidade da figura como um todo. Do capacete e expressão de olhos à arma, passando pelo conjunto de cor, o especialista em produtos químicos, biológicos e radiológicos passou sempre um pouco ao lado de uma merecida posição de respeito. Talvez por ser de uma família de bombeiros de Boston ou um tipo divertido e sempre animado, Barbecue era uma figura mais chegada aos fãs de G.I.Joe.
Como não podia deixar de ser, os Cobra também tinham os seus especialistas. No entanto, a sua função passava por criar um ambiente hostil à sobrevivência, em oposição a torná-lo mais "amigável". Era a sua contribuição à batalha. Embora protegidos, o seu fato não era impermeável a certos meios e como tal, a alcunha da unidade era "Brigada dos fatos derretidos". Os Cobra não gostavam de gastar dinheiro em equipamento que consideravam excessivo ou desnecessário à missão dos operacionais. A missão dos Toxo-Vipers era para ser levada a cabo rapidamente e o alto comando considerava que se o fizessem, não correriam perigo de maior. Outra vantagem da existência deste grupo era também a de castigar elementos de outras unidades "Viper" que não cumprindo com as suas obrigações, teriam de servir um tempo indefinido como Toxo-Vipers. Algo que não agradava à maior parte, favorecendo a disciplina e ordem nas linhas.
Originalmente lançada em 1988 (EUA), a figura chega a Portugal em 1990 e era como vários outros Vipers, uma figura generalizada e parte de uma unidade. Com capacete amovível, mochila e (estranha) arma, tinha um aspecto e escolha de cor que não enganava quem questionasse o seu propósito.
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