quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Larva!

Larva foi o nome dado pelos Cobra à sua arma autopropulsada de 1987. 3 unidades de batalha num só veículo, o Cobra Maggot chegaria a Portugal em 1989, com o 3º catálogo e série.


Criado para ser uma unidade de combate a solo com capacidade de se proteger a si mesmo sem necessidade de outros veículos ou estações, é uma das mais ferozes armas no arsenal dos Cobra.


Imagem do catálogo de 1989 - em português!


Tripulação: 4. Comandante, artilheiro, carregador de canhão e condutor. Ao separar-se, o condutor toma o comando do veículo anti-tanque, o artilheiro assume as rédeas do veículo de controlo de batalha e os dois especialistas de armamento ficam no canhão estacionário.


Um detalhe a não deixar de parte prende-se com a mobilidade deste veículo. Usando uma junta hidropneumática de articulação e separação entre veículo de comando e de reconhecimento, o Maggot pode deslocar-se em terreno extremamente acidentado de forma a posicionar a sua arma principal em locais aparentemente inacessíveis.


Das 3 partes que compõem a "larva", a peça de 155mm é naturalmente a arma principal. Capaz de atingir o seu alvo a distâncias incrivelmente longas, consegue-o graças aos projécteis assistidos por foguete. Tem capacidade para 2 ocupantes, embora possa ser totalmente operado por 1.


A sua 2ª arma é um tanque de reconhecimento. Uma vez separado da unidade, este tanque anti-veículo usa o seu radar para desferir potentes disparos com o canhão de 40mm, contando ainda com uma arma metralhadora frontal suplementar.


Não esquecendo que este é também (e especialmente) o veículo de tracção do posto de comando de batalha e peça de artilharia, é movido por um potente motor turbo-diesel de 1000cv.


O veículo de controlo de batalha é a base da peça de artilharia quando acoplada, mas torna-se um importante elemento de toda a unidade quando separada. Atingindo rapidamente pontos estratégicos em combate, pode facilmente direccionar os disparos de forma a garantir correcções em tempo real. Como protecção conta apenas com a sua forte blindagem, não tendo portanto qualquer tipo de armamento defensivo ou ofensivo.


Incluído com o Cobra Maggot, vinha W.O.R.M.S., o seu condutor.  Treinados em artilharia, condução, munição e mecânica do veículo que operam, os W.O.R.M.S. estão prontos para ocupar qualquer posição desta máquina. Assim, são uma equipa de 1. Não são necessárias grandes qualificações para este tipo de soldados. Além de serem capazes de assimilar o treino dado para o efeito, é apenas necessário que tenham capacidade física para aguentar um projéctil de 155mm debaixo de um dos braços e uma roda debaixo de outro.


A figura em si é extremamente interessante enquanto coleccionável. Além do capacete que dificilmente se encontra completo e em bom estado (o pequeno e fantástico símbolo Cobra pintado na frente sai com uma facilidade incrível), esta figura parece o Rocketeer de Dave Stevens, um super-herói inspirado nas décadas de 30 e 40. Embora sem grande peso na hierarquia dos coleccionadores de G.I.Joe, é um dos meus preferidos. A antena no capacete é um dos acessórios mais difíceis de encontrar, e a melhor forma de garantir um W.O.R.M.S. completo e imaculado é comprando um Maggot selado. Felizmente, consegui há uns bons anos um exemplar para juntar ao que já tinha montado e completo.

    










quinta-feira, 25 de agosto de 2011

GIJOE: Retaliation

Desde que chegou aos cinemas G.I.JOE: Rise of Cobra, em 2009, a sequela foi anunciada. O blockbuster, fazendo nos EUA mais de 50 milhões de dólares no fim de semana de estreia, já havia arrecadado alguns "trocos" noutros cinemas dias antes. Quanto a brinquedos, ainda vendem em todo o mundo. Menos em Portugal, uma vez que a estratégia de marketing em território luso não funciona. No final, contabilizando o ganho a nível mundial, conseguiram ultrapassar o orçamento de 175 milhões de dólares, o que geralmente garante uma sequela. A verdade é que a sequela já estava nos planos da Paramount, e teria sido necessária uma tragédia em 2009 para que as ideias mudassem. Felizmente, entre muitas críticas negativas (como dizia a Sienna Miller "People love to hate") no geral G.I.Joe foi bem recebido e o "2" está a ser filmado.

Antes de passar a uma fase de reconhecimento de alguns dos actores já garantidos e das figuras que até ao momento são dadas como não presentes, parece-me interessante fazer uma breve referência ao nome do novo filme, que tendo sido alterado (ou revelado), deve fazer respirar de alívio quem traduziu o "Rise of Cobra" em Portugal, uma vez que até há bem pouco tempo esta sequela seria "G.I.Joe: Cobra Strikes", que bem traduzido, seria Cobra Atacam, ou Cobra Ataca, como melhor entender o estimado leitor. E sendo que o anterior havia sido traduzido em Portugal como "O Ataque dos Cobra", seria complicado dar a volta à situação. Talvez chamassem a este "A ascenção dos Cobra" para ser original. Mas não haverá esse problema, uma vez que se chama Retaliation e a tradução deve ser bastante linear e não deve fugir a "G.I.Joe: A Retaliação". 

O elenco escolhido para este filme tem começado a conquistar muitos dos cépticos. É bem certo que alguns actores algures nas suas carreiras escolhem maus filmes, mas qualquer mau filme fica um pouco melhor com a presença de um actor de excelência. E neste caso, por muito mau que fosse, o alinhamento dos participantes deixa margem para dúvida de quem se preparava para arrasar "mais um filme de acção". Mas farão os possíveis...


Bruce Willis dispensa apresentações. Este veterano dos filmes de acção vem segundo se sabe e até ver, substituir outro emblemático profissional, Dennis Quaid. Willis vai dar vida a Joe Colton, o 1º G.I.Joe. Um graduado de West Point, a famosa academia militar americana. Um super-soldado capaz de manusear qualquer arma, viria a ser convidado por JFK para formar uma equipa de elite. No entanto, em termos de continuidade, é mais provável que seja usada a fórmula mais recente em que Colton viria a tomar conta da unidade G.I.Joe na ausência de Hawk. São ambos generais, por isso é natural. 


Dwayne "The Rock" Johnson. Uma das melhores escolhas possíveis na actualidade. Como saberão, The Rock foi (e é) um profissional da luta livre americana. Por sua escolha teria até sido jogador de futebol americano. Como actor, tem evoluído muito e uma coisa que denota nas entrevistas é a sua vontade de "saber como". Fisicamente é um "armário" e as suas feições assentam como uma luva ao personagem, Roadblock. Estranhei de facto não ter sido este o escolhido por Stephen Sommers para o 1º filme, uma vez que antes de Heavy Duty, já existiam nos G.I.Joe outros especialistas de armamento pesado, e todo o perfil de Roadblock seria mais adaptável ao grande ecrã. Fala em rimas, é cozinheiro... enche uma cena. E depois de Fast Five, teria de ser Dwayne Johnson!


Sai Scarlett (uma desilusão) e entra Lady Jaye. Sai a contra-espionagem e entram as operações secretas. Lady Jaye fazia parte da 1ª série vendida em Portugal em 1987, e muitos dos que tiveram o privilégio de brincar com Action Force certamente se lembrarão do nome. Adrianne Palicki foi a escolhida para a operacional de sotaque gaélico e veremos se a nova "Mulher Maravilha" dá conta do recado.


Flint é outro dos grandes nomes da marca. Líder táctico e especialista, foi em Portugal o 1º líder conhecido dos G.I.Joe (enquanto Action Force). Nos desenhos animados estava geralmente sob comando de Duke, que era Sargento-Mor, embora como sabemos, Duke no universo do cinema tenha sido promovido a Capitão. Assim, veremos Flint no grande ecrã protagonizado por D.J. Cotrona que já havia trabalhado com Channing Tatum em Juntos ao Luar.



Jinx é outra personagem que espero com algum entusiasmo. Outro ninja do clã Arashikage, segundo as origens, prima de Storm Shadow, e aluna de Blind Master. Talvez seja por aí que a história também passe. A dar vida a Jinx, estará Elodie Yung, cujas presenças em B13 e Les bleus: premiers pas dans la police terão sido essenciais a esta escolha.


E já que falo do Blind Master, esse será protagonizado por RZA que além das bandas sonoras em que já participou como compositor, deu cara a personagens como T-Bone em Repo Men: Os Cobradores, e mais recentemente Mouss em 72 Horas.  Para os mais dedicados, o nome Blind Master faz lembrar uma cena de GIJoe: The Movie, um filme de animação da Sunbow/ Marvel de 1987 em que Jinx, numa sessão de "luvas" com Beach Head, refere o seu antigo mestre. Estou curioso quanto ao aproveitamento que será feito.


Os fãs dos Cobra terão uma surpresa agradável - Firefly! Inicialmente ponderado para Rise of Cobra, viria apenas a entrar no videojogo. O extraordinário sabotador e lendário mestre de infiltração será protagonizado por Ray Stevenson, que esteve recentemente na pele de Volstagg em Thor e em 2008 como Frank Castle em Punisher: War Zone.


Quanto a "novos" personagens teremos Joseph Mazzello que dará corpo a Mouse, um Joe que vem dos tempos de Sgt. Savage. Um personagem menor da série de figuras (por si também pequena - durou ano e meio) será no entanto o elo de ligação ao público feminino. A personagem representará o típico "maçarico" que fazendo parte de uma equipa de elite com provas dadas, se quer mostrar.


Teremos também entre vários outros casos, actores em ascensão como Walton Goggins em papéis secundários. Director de prisão Nigel James será o papel de Goggins, que ora aliado aos Cobra ou Joes deixará o seu talento no ecrã. Desta vez troca a farda que usava em  Predadores!


Quanto a regressos, Channing Tatum volta como Duke, o Capitão Conrad Hauser. Não terá a companhia do seu grande amigo Ripcord (Marlon Wayans).


Snake Eyes não podia faltar e Ray Park garante sempre a perfeição nas artes marciais. Desde Star Wars: A Ameaça Fantasma (Darth Maul), Ray Park tem sido uma das maiores referências quando um realizador quer qualidade.


E se Snake Eyes volta, Storm Shadow também.  Penso que ninguém acreditou que a luta entre os dois no final do filme tinha terminado com a morte deste também lendário Arashikage. Terá um papel principal que se identifica com a sua importância no universo G.I.Joe. Byung-hun Lee é de novo o escolhido como ninja vestido de branco.


E segundo consta, não havendo Destro nem Cobra Commander, resta Zartan na hierarquia Cobra para um lugar de liderança. Se Stephen Sommers aproveitou alguns dos ases de  A Múmia, Jon M. Chu não abdica de Arnold Vosloo como Zartan (além de ter ido buscar "The Rock" à manga de Sommers). Portanto caberá, em teoria, a Vosloo fazer a vida negra aos Joes. 


Ligado a Zartan, estará o Presidente dos EUA (Jonathan Pryce). Pryce é geralmente um habitué nestes papéis de liderança virtual, para o bem (Piratas das Caraíbas - O Cofre do Homem Morto) e para o mal (O Amanhã Nunca Morre). Como se recordarão, no final de... uh... O Ataque dos Cobra (Rise of Cobra), Zartan tomava o lugar, enquanto mestre de disfarces, do presidente dos EUA. Como tal, teremos o corpo de Pryce com a atitude do personagem de Vosloo.

Nos dias, semanas e meses que se seguirão até à estreia de G.I.Joe 2, ou G.I.Joe: Retaliation, haverão mais notícias, assim como rumores. Havendo mais que dizer, terei todo o prazer em escrever. Até lá, YO JOE!!!!

 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ataque ao solo!

Em 1988, com a 2ª série (em Portugal) chegava um original de 1984 (EUA). Uma das aeronaves mais queridas dos coleccionadores, uma plataforma de armamento de respeito... O Cobra Rattler Ground Attack Jet!


Baseado no A-10 Thunderbolt II da Fairchild Republic Co., o Cobra Rattler era o avião de ataque ao solo preferido da organização Cobra.


Imagem do catálogo de 1988 lançado em Portugal, e em português! Embora da mesma cor, ou bastante perto, na imagem é usado um Crimson Guard em vez de Wild Weasel, o piloto que vinha com o veículo.


Como referido no catálogo, esta aeronave tinha capacidade VTOL (vertical take off and landing) ou seja, podia descolar e aterrar na vertical. Para isso, tinha havido uma alteração no design do A-10 original de modo a que posicionando os motores nas asas em vez de acoplados à fuselagem, pudesse assim sustentar esta versatilidade.


Além dos 2 motores nas asas, este Rattler havia sido desenhado com um 3º motor, uma vez que este veículo vinha como resposta ao XP-14 que os G.I.Joe (ou Action Force em Portugal) havia posto ao serviço no ano anterior. Assim, a velocidade do "lento" A-10 era substancialmente aumentada e fazia desta versão Cobra, também um jacto de alta velocidade.


Além do canhão CDV-9B "Jawbreaker", que era uma evolução do Avenger de 30mm usado no A-10 (já de si uma arma poderosíssima) , este "mata-tanques" trazia nas suas asas 6 bombas de fragmentação, 2 mísseis guiados, 2 mísseis electro-ópticos e 4 mísseis de curto alcance.


Para defesa em "dogfight" ou conflitos a baixa velocidade, e de certo modo um repescar de conceitos menos vistos em aeronaves modernas, vinha também equipado com uma torre de tiro de canhões gémeos de 40mm.


Além da cor típica dos veículos do inimigo, o "Cobra Blue", os detalhes neste brinquedo eram de apreciar. O trem de aterragem, os detalhes na fuselagem, todo o visual do avião eram dignos de nota alta. Infelizmente, fosse por questões de marketing ou falta de fundos, esta alma foi-se perdendo no princípio dos anos 90, mas até lá, muitos anos e muitas séries trouxeram diamantes como este. 


Um detalhe que não podia deixar de referir, os painéis com danos de combate. Depois de um furioso duelo com os Joes, podíamos mudar 2 painéis de modo a que o Rattler parecesse "ferido". Genial! 


Incluído com o Rattler, vinha o seu piloto Wild Weasel. Este veterano das guerras na América e África do Sul era um piloto talentoso. Não só reconhecido como Ás entre os Cobra, merecia o respeito dos seus adversários entre os Joes. A sua voz sibilante, apropriada à facção que defendia, pensava-se ser resultado de um acidente num dos seus ataques a baixa altitude.

   

sábado, 20 de agosto de 2011

No Top10 dos brinquedos perigosos

Em 1991, o criador da W.A.T.C.H. (mundo contra males causados por brinquedos - mais coisa menos coisa), o senhor Edward M. Swartz (1934-2010), publicou a lista dos 10 brinquedos mais perigosos vendidos nos EUA. Uma lista anual que até à data da sua morte contava já com cerca de 40 edições e pretendia sensibilizar os pais a evitar certos brinquedos que por razões por ele apontadas seriam passíveis de serem perigosos. Para espanto de alguns, o número 7 era ocupado pelo veículo de ataque polar Cobra Ice Sabre...   

 

Fosse por essa razão, no sentido em que a WATCH em 1991 já tinha algum poder de pressão no mercado, ou por mero acaso, a verdade é que nunca consegui encontrar este veículo à venda em Portugal. A série de 1991 (EUA) seria lançada em território nacional em 1993 e com forte apoio de desenhos animados, tinha nessa altura uma presença considerável nas grandes superfícies. Quanto ao Ice Sabre, nem vê-lo...


Notícia publicada no jornal diário Correio da Manhã, foi-me gentilmente enviada por um seguidor ao qual fico agradecido pela oportunidade de pesquisa que me proporcionou. Não sabia desta história, e a ausência do Sabre pode ter assim sido desmistificada.  


Na opinião do agora falecido autor da lista, o disparo da cinta de fulminantes associada ao lança-mísseis podia ferir a audição dos utilizadores assim como o impacto dos mísseis projectados por mola. A maior preocupação para os coleccionadores, era o facto deste veículo estar no top10... dos veículos mais frágeis da colecção. É de uma fragilidade incrível. Tenho 3 na minha colecção e apenas 1, que pode ser visto nas imagens, está em estado decente. Outro partiu precisamente no lança-mísseis (que é impossível reparar de forma a torná-lo funcional) e um 3º tem uma lista de "lesões" lamentavelmente longa. 


Sendo aceitável a sua preocupação, a Hasbro não retirou do mercado (americano, pelo menos) o Cobra Ice Sabre e como já referi, não tendo encontrado em Portugal este veículo, tenho conhecimento da sua comercialização na Europa, ou pelo menos, da produção das caixas europeias. Seria interessante saber se algum leitor português conseguiu encontrar uma peça destas em território nacional... 


Quanto ao funcionamento do lança-mísseis e do seu som produzido pelo rebentamento do fulminante, acabava por ser um regresso a anos "idos", uma vez que as gerações anteriores à proibição destas miniaturas da pirotecnia certamente se lembrariam dos anos 80 e das "raspas" e "bombinhas da china", assim como as fitas de fulminates para pistolas de brincar. Para quem não era desse tempo, este veículo trazia assim esta novidade, sendo que no fim dos seus 16 disparos (8 por tampa) seria virtualmente impossível encontrar substitutos. 


O Ice Sabre era um veículo de ataque polar, com capacidade para 9 ocupantes. Fortemente armado, veloz e difícil de detectar em ambientes gelados, para os quais havia sido desenhado. Um canhão frontal cuja função primária seria o desbloqueamento de vias, podia ser usado contra veículos ou pessoal. 2 canhões com capacidade para fogo anti-aéreo e uma rampa de lançamento com 4 mísseis de neutrões guiados por laser.


No interior do habitáculo, havia lugar para 3 ocupantes em assentos construídos numa plataforma rotativa. Sendo que era um cockpit aberto, qualquer um podia pilotar o Sabre ou disparar sobre inimigos... alternando conforme a necessidade. Um conceito interessante. O design do Ice Sabre é futurista mas assente em bases bem reais. Com lagartas a promover a tracção, usava skis na zona frontal para deslizar no gelo e na neve e evitar a perda de velocidade. No fundo, o sistema das motos de neve. 

 

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Artilharia pesada!

Um dos maiores veículos da linha era na realidade um conjunto de "máquinas" que lembrava um comboio militar. Podia ser considerado um playset por alguns, uma vez que a parte central do Thunderclap era uma gigantesca peça de artilharia que estando montada numa "banheira" rotativa, ao separar-se dos veículos de tracção e reboque funcionava como uma estação de batalha.


Lançado em Portugal em 1991, era um original de 1989 (US) e teve um curto tempo de ecrã em Operation Dragonfire, desenho animado da DIC. Um dos veículos mais subestimados de G.I.Joe por parte dos fãs, é um brinquedo fantástico com detalhes muito interessantes. Chegou-me às mãos por volta de 1995 através de um anúncio de venda de brinquedos (na altura, no jornal). Originalmente e por engano, a caixa trazia outros veículos que também por aqui ficaram, sendo que no mesmo dia o antigo dono me trouxe o conteúdo original da caixa para gáudio daquele que vos escreve. Bons tempos!


A versão da caixa distribuída em Portugal, Espanha e Itália (e possivelmente no UK e França) trazia uma curiosa gaffe. Ao lado de um Joe (Downtown) estava Wild Boar, piloto do Razorback e elemento dos Iron Grenadiers, as tropas de Destro.


Como antes referido, o Thunderclap era composto por 3 partes: Tractor, Reboque e Base de Canhão. Uma bela monstruosidade enquanto veículo. Era típico da Hasbro lançar estes pesadelos de prateleira, e embora não sendo o maior (veremos outros ainda maiores), era grande o suficiente para ocupar 1 metro de espaço por si só.

 

O centro da atenção era de facto a peça de artilharia. O multi-extensível, canhão de terreno de alta potência "Aniquilador". Podendo ser operado pela cadeira do artilheiro ou por ligação remota em qualquer dos veículos de tracção, disparava projécteis a uma distância incrível.


Armazenados na traseira da base do canhão, 4 projécteis altamente explosivos. Nesta base de canhão, podiam ser estacionadas 8 figuras (G.I.Joe, já que a caixa não deixava isso claro).  Além do canhão "Aniquilador", o arsenal incluía uma plataforma de mísseis de superfície termo-protegida e 2 canhões de 70mm com localizadores laser. 


O verdadeiro espectáculo estava no funcionamento da peça. Podia mesmo ser carregada inserindo um projéctil na câmara e após o disparo simulado, uma vez que o projéctil não era de facto lançado, quando extraída (puxando a alavanca) a munição saltava como uma autêntica cápsula de projéctil. Engenhoso, divertido e enfim... típico da marca. 


A base de estabilização era geometricamente proporcionada, permitindo ao artilheiro apontar a 90º (embora não aconselhável). Na imagem vemos as pernas de estabilização de titânio extendidas. Quando em transporte, naturalmente recolhiam verticalmente.

 

Veículo de tracção. Também com funções de batedor, equipado com aparelhos de detecção de matérias perigosas, era armado com mísseis terra-terra de baixo voo multi-direccionais, uma arma de assalto de canhão pulsante duplo e até modulador de interferência de radar. Tripulação, 1.


A lembrar um pouco os veículos de "Starcom" da Coleco, o design vanguardista deste veículo incluía um projector infravermelhos de distância e aquisição de alvos, um canhão de fogo rápido controlado por computador, 3 mísseis de cruzeiro de superfície com sistema de detonação retardada e torre de pesquisa sincronizada digitalmente. Tripulação, 1.


Incluído com o Thunderclap, vinha o seu condutor, comandante e piloto artilheiro, Long Range. O "homem do KO" era assim conhecido pela sua precisão trigonométrica nos cálculos de trajectórias de projécteis.