G.I.JOE PORTUGAL: G.I.Joe VS Cobra: Cobra Rattler

Em 2002 depois do lançamento das primeiras figuras em Portugal pela rede Auchan, instalou-se a confusão. À série de 2002 juntavam-se peças da original de 2003 (EUA) e a própria Hasbro na Europa confundia coleccionadores com as datas de impressão nas caixas das figuras. Mas esses acontecimentos veremos depois. Para hoje, uma reedição de um clássico, o "VTOL" dos Cobra, o Rattler!

Com uma nova pintura (dourada), deixava alguns pontos de interrogação especialmente quando comparado com o Jacto de Ataque ao Solo original de 1984 (EUA) da 3ª série.

Este veículo foi disponibilizado pela gigante Toys R Us e esteve durante alguns anos nas prateleiras a preços que chegavam a níveis tão baixos como os €10. Uma boa altura para comprar (pelo menos) mais um.

A série de 2002 era um misto da visão moderna da Hasbro (com veículos já montados) e um regresso às origens, pelo menos parcial. O Rattler requeria "alguma montagem". O que era fantástico para nós fãs.

Incluído, o seu piloto, "Wild Weasel". Uma figura moderna que sendo uma reedição do piloto original, era no fundo um aproveitamento do corpo de outra figura (Neo-Viper do mesmo ano) com uma cabeça diferente. A ficha, uma vez mais simplista: Piloto Cobra. Aptidão: Piloto de apoio ao solo.

Considerando que o molde original foi desenvolvido para as figuras da linha original (´82 a ´94), esta figura cabia com alguma dificuldade no "cockpit".

Uma vez montado tinha de facto bom aspecto. E já que fazem uma reedição, que seja suficientemente diferente, o que se verificava...

Mísseis e bombas foram tornados vermelho fluorescente e desta feita criados com um plástico menos rígido (e de menor qualidade). Os originais tinham autocolantes, estes não tiveram a mesma sorte.

A novidade interactiva dos G.I.Joe compreendia a inclusão do sistema "Sound Attack" que através de um encaixe no equipamento permitia a produção de sons (até um total de 16 diferentes) mediante a arma introduzida. Originalmente, o Rattler vinha com um gigantesco canhão que quando introduzido no ninho da asa fazia o avião produzir um som de alto calibre. Se fosse retirado, apenas o som do gatilho. Se introduzida uma "shotgun", era esse o som produzido e assim por diante.

O Rattler é obviamente uma versão da Hasbro do famoso A-10 Thunderbolt II, o magnífico portador da também famoso arma rotativa "GAU-8 A Avenger" de 30mm. Mas isso não bastava, tinham de incluir o tremendo canhão na asa esquerda que deixava a questão "como levanta do solo?". Mas no fundo, é um brinquedo.

Segundo consta, a ideia era trocar o canhão do nariz por esta peça e as alterações estruturais no molde eram de tal forma complexas que esta foi a alternativa encontrada.

Retirar a GAU-8A deste avião era tirar-lhe a alma. E embora não fosse problema para quem entra com os dólares na produção (e recebe mais milhões em troca), a reacção dos fãs seria no mínimo intempestiva. Mas claro que comprávamos...

Uma das maiores falhas foi a ausência do vidro na cabine do artilheiro. Em 2002 voltaria aos tempos da primeira "Grande Guerra". A diferença é que isto é um jacto de combate. Dificilmente aguentariam a pressão. Mas de novo, é um brinquedo...

Mas se acham que são mais defeitos que virtudes, enganam-se. Há um equilíbrio. A pintura é bonita, e mais bonita ao vivo. A camuflagem negra está bem interessante e tal como o original tem trem de aterragem retráctil ficando apenas mais pronunciado o bloco de efeitos sonoros.

Incluíram até as rodas com o alto relevo "Cobra VTOL 275 VR18" de 1984. Muito bom.

Os painéis laterais podem ser substituídos por outros danificados, nada de novo relativamente ao original, mas podiam não tê-los incluído e ainda bem que decidiram assim.

Uma boa oportunidade para quem tem dois exibir a aeronave nos seus dois formatos.

Em suma, valia a pena gastar os originais 30€ em 2002. E se conseguissem, esperar dois a três anos para o comprar a 10€. Sem dúvida. Pelo meio esteve ainda 15€...